sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Noites de televisão

Ontem foi uma autêntica noite de televisão, merecedora de denominação "serão de domingo"... Sabem quais são? Aquelas cujo conteúdo televisivo não tem grande interesse mas que fazemos um esforço para ver porque não há nada mais a fazer... Como se fosse domingo!

E como se fosse domingo deu o programa ex-libris da RTP1 que, em tempo idos, todos viamos como se de novelas se tratassem... O que é feito do 1,2,3... O que é feito de uma Roda da Sorte... E a Com a Verdade M'enganas! Nada substitui esses velhos programas de entretenimento. Mas ontem, como todos os dias, foi dia de Herança! E para mim é o programa mais irritante de toda a televisão portuguesa... E não o é pela apresentadora, nem pelo suspense que cria, mas pela estupidez do último jogo.

Ora vejamos... Um sem número de palavras que estão, por sua vez, relacionadas a outra... Mas sem qualquer relação aparente entre elas! Depois de ontem, que foi o cúmulo, pus-me a pensar em diversas formas de fazer relações daquelas... Vejamos se me saí bem... As pistas são:
-Treta
-Lisboa
-Pessoas
-Dificuldade
-Dinheiro

Não, não é Governo, nem José Socrates, nem nada dessas coisas... É Herança! E porquê? Porque a Herança é uma treta; porque é filmada em Lisboa; participam pessoas; tem um alto grau de dificuldade; e dinheiro porque nunca dá prémios!!!

Como diría Fernando Pessa... E esta hein!

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Então, quando casas?

- Daqui a uns dois, três anos - tipifico eu, com um sorriso na cara, mas com um ar malicioso por dentro.

Nos dias que correm, com os anos a passar, essa questão parece tornar-se cada vez mais insistente na vida de uma mulher. Aprecio todos à minha volta quando me fazem uma questão semelhante, e observo os seus ares ávidos de um vestido branco, de um copo-de-água, de um bouquet de flores!!!

Pois é, caros leitores. Com vocês posso desabafar...

Mas porque é que tem que fazer do imaginário de todas as mulheres o dia do casamento? Será que é um passo assim tão essencial na vida de um casal? Será que não podemos ser felizes sem o stress que antecede qualquer festa de tal gabarito?

Eu não tenho essa ambição. Não me vejo requintadamente na nave de uma igreja, ao som do Avé Maria, cantado por uma soprano lírica que nos levou os olhos da cara para 10 minutos de música. Nunca tive pretensões de ser princesa por um dia... Por outro lado, não concebo um casamento meu, com um trabalhador do cartório, dizendo uma lengalenga interminável, pondo a minha vida a nu perante um sem número de pessoas que se emocionam perante tal palavreado.

Efectivamente, olho para uma relação como sendo a expressão máxima de dois seres que se amam, que partilham sentimentos, espaço físico e que procuram construir uma vivência conjunta. Gosto de acreditar que as emoções de uma festa de casamento são para serem vividas ao longo de todos os momentos, que essa felicidade pode ser estendida e mantida ao longo de diversos anos. Para quê gastar tudo num dia?

Por isso, comecem a enviar as prendas, porque pretendo apenas "ir casando"... E já sabem, se estão à espera da festa... Daqui a uns dois ou três anos, sensivelmente, independentemente da data em que perguntarem...