segunda-feira, 27 de novembro de 2006

Os "doces" da nossa existência...

Docinhos, é prá menina, e pró menino!

Ai meus queridos ouvintes, se o chocolate fosse água, tenho a certeza que conseguia ingerir um litro e meio por dia, sem sequer me queixar!

Fora de brincadeiras, já são poucos os prazeres que de proibido, pouco têm. A sociedade, com os seus tectos, impõem-nos, a todos, limites. Sejam eles comportamentais, perceptivos ou corporais. Acho que ainda estou em choque a morte de uma modelo brasileira... Convenhamos, não pelo facto de ter sido uma morte prematura, evitável, autêntico suicídio inconsciente, mas pela atenção que esse caso gerou! Paremos para pensar... Será que nunca tinhamos ouvido falar em anorexia? Distúrbios alimentares, perturbações alimentares?!? Cá está! Fechamos os olhos a tudo o que nos circunda. Quantas raparigas, impelidas por questões culturais, um pouco cruéis, não terão perecido perante a necessidade de terem uma imagem corporal inalcançável? Será que o caso desta modelo brasileiro é especial? Não me parece... Apenas teve mais visibilidade.

E bouuummmm... De repente, um boom de sensibilização surge por todos os lados... Um pouco no seguimento das medidas (palavra interessante para inserir aqui) implementadas em Madrid, num evento de moda nacional, a OMS impõem-se (agora?!?) e procura um acordo que impossibilite que modelos com um número de roupa abaixo do 38, ou com um Índice de Massa Corporal abaixo de 20, desfilem... Bem, passaríamos de um extremo ao outro. Os estilistas ver-se-iam obrigados a reverem as suas medidas, e a magreza extrema entraria novamente em decadência: voltaríamos ao tempo da "gordura é formosura"!

Cá esta mais um predicado da nossa sociedade... Não somos capazes de impôr um meio termo a nada. Estamos a esquecermo-nos que a anorexia não tem apenas causas alocadas a uma sociedade preversa, que procura emagrecer todos que nela existem... Pelo contrário... Estamos a esquecermo-nos de personalidades predispostas a tal, de sistemas familiares disconexos, de uma necessidade de rever valores pessoais, ao invés de revermos os números das medidas perfeitas.

A adopção de um estilo de vida saudável não passa por modificar os parâmetros da moda!!! Sejamos menos hipócritas, o problema vai mais fundo... Uma sociedade que valoriza os valores da posse, não promove estilos de vida de calma e cooperação! Queremos ter o corpo das actrizes, das modelos, mas essencialmente, queremos alcançar a felicidade e o bem-estar através disso!
Enganos... Doces... Quanto mais não vale um docinho de vez em quando! Podemos não contornar nenhum dos aspectos psicossociais referidos, mas pelo menos, alegramos a alma!

Beijos a todos que conseguem romper com dietas, sem sofrer com isso!

1 comentário:

Anónimo disse...

B
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U
T
A
L

Tens toda a razão! Todos querem atingir uma perfeição corporal inatingivel. Cada um nasce como é e por muito que se esforce a mudança nunca vai ser grande. As excepções são mesmo estes casos como o da modelo brasileira que realmente conseguiu mudar e muito! Mas deu para ver onde a levou.
Beijinhos prima! continua!